Resenha do livro: O grande Gatsby

Ao abrir o livro do F. Scott Fitzgerald que é um livro relativamente pequeno, na verdade, ele é curtinho mesmo. Você é levado quase que instantaneamente a fazer uma reflexão, digamos que um conselho a ser tomado por todos é exposto nas primeiras linhas. Uma tal de meritocracia precisa ser repensada, sabe? Aquela coisa de fazer prevalecer os “méritos”, quando não temos a menor condição de fazer isso.

“Sempre que tiver vontade de criticar alguém – recomendou-me -, lembre primeiro que nem todas as pessoas do mundo tiveram as vantagens que você teve.” 

Então a narrativa segue e consiste em uma história carregada de crítica social, onde você só percebe nas entre-linhas.

Retratando a sociedade americana da época, onde as pessoas eram fúteis e o dinheiro falava à frente de todas as coisas até mesmo do amor.

Gatsby o protagonista desta história, é cercado por mistério e consegue trazer uma áurea de ingenuidade, no meio de suas altas festas e de sua privilegiada posição social, tudo que Gatsby quer é reconquistar o amor de Dayse, esta que é sua ex namorada e demonstra ser uma personagem um tanto fútil também, vivendo um casamento infeliz com Tom – personagem esse que me enoja – digamos de passagem e abrindo espaço para o debate sobre adultério.

A história é narrada por Nick, um personagem sem muita visibilidade, na verdade, ele está mais para um observador nato dos fatos.

O livro tem como cenário a década de 1920, uma época onde o Jazz era a música que inundava os ambientes, o gim era a bebida nacional e a riqueza parecia estar em toda parte, festas espalhafantosas aconteciam na alta sociedade e todos queriam fazer parte. Era uma espécie de sonho americano, como se o materialismo fosse o alvo maior. E mesmo sabendo que o livro retrata comportamentos de uma sociedade tão antiga, temos consciência de que é um livro atemporal trazendo uma bagagem cultural muito interessante.

Fitzgerald em sua narrativa que é aclamada por vários críticos, apenas abriu espaço para o debate acerca da ganância e por que não do capitalismo? – fazendo um paralelo com os dias atuais.

O dinheiro é a moeda e ela tem dominado o homem. Por quanto tempo mais viveremos isso, já não estamos em 1920, ou estamos?
Bem, recomendo o livro para aqueles que são amantes dos clássicos e digo para os que não são, comecem  por esse e depois ouçam  young and beautiful da Lana Del Rey, inclusive, é trilha sonora do filme baseado no livro, um filme que também vale o tempo.

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I’m Renata Fernandes

Sou a Renata Fernandes, uma alma inquieta de 27 anos, cuja jornada começou nas terras tropicais do Brasil no agreste pernambucano e me levou a aportar em Lisboa, Portugal, moro na Europa há dois anos. Sou uma eterna apaixonada por viagens, e línguas, sempre estou buscando novas experiências e culturas para enriquecer minha visão de mundo.
Com uma formação em licenciatura em letras, encontrei no universo dos livros minha grande paixão. Aqui no meu cantinho, pretendo compartilhar não só minhas aventuras pelo mundo, mas também as histórias que me encantam e emocionam nas páginas dos livros que leio.

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I’m Mabi Ferreira

Sou a Mabi Ferreira, uma mulher de 28 anos que chama lar o caloroso sertão pernambucano. Minha paixão pelas palavras, segui o caminho da licenciatura em letras e hoje sou uma professora de língua portuguesa, e pós-graduada em psicopedagogia institucional e clínica. Como uma típica escorpiana, prefiro observar atentamente antes de agir, absorvendo cada detalhe do ambiente ao meu redor. Sou uma amante fervorosa da cultura, encontrando beleza e significado em cada manifestação artística e tradicional. E, claro, não há prazer maior para mim do que saborear um delicioso sorvete em uma tarde ensolarada.

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